Transtornos de Personalidade
- psicoanacstrento
- 29 de out. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de out. de 2021

De acordo com (Soares, 2010), as taxas dos Transtornos de Personalidade, na população geral, podem variar de 0,5% a 3%. Nos Estados Unidos da América, em um estudo feito com detentos adolescentes, 45% deles possuíam o diagnóstico de TDAH. Na Alemanha as taxas de TP tipo Antissocial e Borderline obtidos em um estudo, variaram de 27% a 85% nas prisões, assim como o abuso de drogas, em taxa similar. Nas prisões norte-americanas, a prevalência de transtornos de personalidade chega a 66%, relacionando-se, então, com a prática de crimes. Sugerem-se então esses dados, uma relação entre o uso de drogas, esses transtornos e o envolvimento com crimes, embora ainda não haja comprovação científica para associar a conduta criminal com a coexistência de um desses TP citados, mas associa o envolvimento com drogas ilícitas à prática criminosa, fato que já é conhecido.
Portadores de transtornos de personalidade são mais susceptíveis a apresentarem outros transtornos psiquiátricos. Estima-se que 80% das pessoas com transtornos de personalidade sofram de outros problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e uso nocivo de drogas.
No TP Borderline, sua impulsividade pode ser dependente da presença de um estado emocional negativo. Um estudo feito com 284 sujeitos com diagnóstico de TP tipo Borderline, estimou-se que pessoas com esse transtorno podem apresentar um estado emocional negativo, que lhes permite interromper ou inibir seu comportamento na presença de punição, ou seja, as emoções negativas podem ser associadas à impulsividade aumentada entre pessoas com esse transtorno.
O risco de violência, característica tão marcante para essa classe de transtornos de personalidade, pode ser compreendido em termos de quatro dimensões fundamentais da personalidade: controle do impulso, regulação do afeto, narcisismo e personalidade paranoide, que operam de forma combinada e em vários graus para a regulação emocional (Soares, 2010).
Segundo a Pesquisa Scielo, as dimensões dos comportamentos de TP Borderline mais clássicas são:
Agressividade
Grandiosidade e Impulsividade (antissocial)
Dependência
Instabilidade de Humor
Impulsividade (Bordeline)
Um aspecto fundamental relativo ao tratamento dos TP é o reconhecimento de que há possibilidades de tratamentos viáveis e efetivos, a fim impedir que o estigma prejudique o acesso dos pacientes às abordagens terapêuticas disponíveis. Desta forma, reforça-se a necessidade de engajamento do paciente e que o mesmo execute um papel ativo em seu tratamento para que, com isso, resultados favoráveis sejam atingidos sofrimento.
Segundo (Juruena; Macedo; Mazer, 2017) o campo de pesquisa tem evidenciado o tratamento de TP Psicoterapêuticos Farmacológicos são benéficos. A Psicoterapia é a primeira linha indicada para esse diagnóstico, sendo assim, não existem medicamentos especificamente indicados para esse tipo de transtorno.
O tratamento do transtorno de personalidade Borderline (TPB) inclui o manejo de crises, com controle de reações emocionais intensas, avaliação do risco de auto ou heteroagressividade e comportamento suicida. Além disso, no acompanhamento médico, os pacientes devem ser ajudados a desenvolver habilidades de enfrentamento de estresse, através da identificação de recursos próprios eficazes para lidar com estresse em outras situações, busca de apoio, expressões emocionais diretas e menos destrutivas (Juruena; Macedo; Mazer, 2017).
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