Ansiedade
- psicoanacstrento
- 27 de out. de 2021
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Atualizado: 30 de out. de 2021

A ansiedade, reação natural e necessária ao corpo, quando em excesso, traz consequências comprometedoras para a vida do indivíduo. Neste caso, ela passa de reação natural a transtorno. O transtorno de ansiedade caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas somáticos e psicológicos que interferem no funcionamento cognitivo e comportamental, e consequentemente, também influencia o surgimento e a manutenção daquele.
De acordo com o CID 10 (2007, p.44), o transtorno de ajustamento refere-se ao sentimento de opressão e de incapacidade de funcionamento, podendo haver “sintomas físicos relacionados a estresse, como insônia, cefaleia, dor abdominal, dor no peito, palpitações”. Nesta classificação, cujo código o CID denomina de F-43.2, são identificados os aspectos diagnósticos seguintes, como: Reação aguda a evento estressante ou traumático recente, sofrimento extremo resultado de um evento recente ou preocupação com o evento. Os sintomas podem ser primariamente somáticos, e outros sintomas podem incluir: humor deprimido, ansiedade, preocupação, sentimento de incapacidade de funcionar. (CID 10, 2007, p. 44).

Os pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada normalmente preocupam-se desproporcionadamente com o futuro e cometem vários erros do pensamento, como a catastrofização, por exemplo, por ter dificuldade de raciocinar com base na realidade. Suas interpretações dos eventos tomam grandes proporções, exagerando os efeitos, enfatizando os aspectos negativos e ignorando os positivos. Por essa razão, são pessoas que têm dificuldades para tomar decisões, para solucionar problemas, para mudanças, entre outros comportamentos.
As intervenções cognitivo-comportamentais mais empregadas no quadro ora descrito são: a psicoeducação, a identificação dos pensamentos automáticos e das emoções, a identificação das crenças centrais e intermediárias, a reestruturação cognitiva, a resolução de problemas e a avaliação do processo.
A psicoeducação é um recurso importante no processo psicoterápico e deve ser o pontapé inicial neste processo. O paciente deve ser informado sobre a funcionalidade ou não das suas reações comportamentais. O passo seguinte é identificar os pensamentos automáticos e as emoções, avaliando-os posteriormente. Os pensamentos automáticos surgem em função da interpretação dada a uma situação e ocorrem paralelamente a pensamentos manifestos. Todos nós apresentamos pensamentos automáticos, porém, as pessoas que não estão angustiadas normalmente costumam testá-los e verificar sua disfuncionalidade, uma vez que elas enxergam a realidade como ela realmente se apresenta. Beck (1997, p. 87) nos fala que pessoas com transtornos psicológicos, com frequência, interpretam erroneamente situações neutras ou até mesmo positivas e, desse modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos. Ao identificar tais pensamentos, examiná-los e corrigir os seus erros, os pacientes podem se sentir melhor (Oliveira, M.I, 2011).
Em 25% dos casos, o TAG está acompanhado de outras doenças psiquiátricas, sendo a depressão a mais comum (Pfizer, 2019). Dependendo das doenças relacionadas e da intensidade do transtorno, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada podem variar. Porém, os mais visíveis são os físicos, tais como:
Fadiga;
Tensão muscular;
Palpitação;
Suor excessivo;
Dor de cabeça;
Disfunção sexual;
Disfunção gastrointestinal.
No entanto, a doença fica mais evidente quando aparecem, ou são reconhecidos, os sintomas neurológicos:
Perda de memória;
Insônia;
Dificuldade de concentração;
Irritabilidade;
Inquietação.
Relato de Caso: Tenho sensação de que algo ruim vai acontecer, minhas mãos transpiram constantemente, sinto vontade de chorar na faculdade, tenho o sentimento de que vai dar tudo errado. Espero sempre pelo pior, mesmo que tudo esteja dando certo.
A Psicoterapia mais comum para o transtorno de ansiedade generalizada é a terapia cognitivo-comportamental, que se baseia em como a pessoa interpreta suas experiências. A terapia familiar também pode ser indicada quando houver necessidade de envolver pessoas do convívio próximo no tratamento (Pfizer, 2019). A Psicoterapia, de certa forma, atua na modificação das crenças errôneas, tornando-as menos intensiva para a melhor qualidade de vida do indivíduo (Trento, A.C, 2021).
Os medicamentos mais utilizados são os ansiolíticos e antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina (IRS) e dos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Apenas médicos podem receitar esses medicamentos (Pfizer, 2019).
Alguns medicamentos mais clássicos para o tratamento de transtorno de ansiedade:

Sertralina
Alprazolam
Fluoxetina
Paroxetina
Diazepam
Escitalopram
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